17 de junho de 2009

Green Day - Colapso do Século 21

Conforme tinha prometido no post anterior, vou detalhar o novo disco do Green Day faixa a faixa. Vamos acompanhar um pouco da saga do casal Christian e Gloria sobrevivendo ao “Colapso do século 21”. Ele é divido em três atos. Heroes and Cons, Charlatans and Saints e Horseshoes and Handgrenades.

Song of century
Apenas uma introdução. Voz cantada em rádio AM com estática.

Aqui começa o primeiro ato. Heroes and Cons.
21st Century Breakdown
Boa canção para abrir o disco. Começa suave com batidas no violão e solinho com bateria crescente. Entram as guitarras, daí segue a linha de Jesus of Suburbia. Acelera no meio lembrando I don’t care e no fim fica lenta no ritmo de estádio e agradavelmente recordamos de Queen. Billie Joe canta clamando a América para sonhar e gritar por dias melhores.

Know Your Enemy
Excelente música. Ritmo cadenciado com pegada e letra forte, “Violência é energia contra seu inimigo”. Faz o estilo Holiday e tem um solo cativante.

Viva La Gloria!
Introdução do 1º personagem, Gloria. Começa com piano e quando Billie Joe canta me vem na cabeça Born to Run do Bruce Springsteen. Depois explodem guitarras e bateria. Hardcore típico do Green Day. Tem cara de Letterbomb.

Before the Lobotomy
Uma referência ao governo Bush. Christian sofre uma lavagem cerebral após oito anos de governo. Alterna com guitarras pesadas e guitarras sem distorção. O refrão como todas do disco é a cara do Green Day. Convida a cantar junto.

Christian’s Inferno
Aqui é a música que introduz por inteiro o 2º personagem. Começa com voz, baixo e bateria eletrônica. Quem esta mais atento aos trabalhos paralelos do Green Day vai reconhecer na hora a banda The Network. O refrão vem com guitarras e baterias aceleradas. Inconfundível.

Last Night on Earth
Aqui destoa um pouco. Nada contra a canção em si, que é uma bela balada, muito bem cantada e executada. E veio no momento certo para dar um ar de introspecção. O porem, é que lembra demais os Beatles. Parece que estou ouvindo John Lennon, pura e simplesmente. Nada de original.


Começa o segundo ato. Charlatans and Saints
East Jesus Nowhere
Musica boa. Ritmos quebrados, guitarras pesadas e gritos de Hey. Quem conhece Queens of Stone Age vai fazer a associação imediata. A letra fala de religião. “Jesus a leste de lugar nenhum”. A fé esta perdida em um mundo de terrorismo. E muito mais para o personagem Christian, que como o nome já diz é cristão.

Peacemaker
Na hora nos lembramos de Misery do álbum Warning, nessa canção com violão acelerado num ritmo quase Mariachi. Tem um toque de humor que talvez fuja um pouco do conteúdo do disco, mas é bom para dar uma abranda no caos que os personagens vivem.

Last of the American Girls
Provavelmente a mais pop do disco. Começa com baixo, bateria e voz. Lembra Uptigh do álbum Nimrod. Depois que entra guitarras vem o estilo Power pop que definiu a banda Weezer. O Green Day já tinha flertado com esses ritmos em Extraordinary Girl e She’s a Rebel. O resultado em todas elas ficou ótimo.

Murder City
Sem muito a dizer. Hardcore típico do Green Day com três acordes. Boa de cantar, refrão que fica na cabeça. Letra forte também que fala sobre perseverar. “Desesperado, mas não sem esperança”.

?Viva La Gloria? (Little Girl)
Muito criativa. Começa com piano e depois voz, parecendo musica de cabaré. E quando entram guitarra e bateria nos remete a Blood, Sex and Booze do álbum Warning.

Restless Heart Syndrome
Para encerrar o segundo ato, mais uma balada. Muito bonita, mas... Lembra demais Boulevard of Broken Dreams, do disco anterior. Igual no violão, estilo de cantar, marcação de tempo, nas batidas e solos de guitarras também. Podiam tentar fazer uma balada diferente.

Começa o 3º e melhor ato do disco. Horseshoes and Handgrenades. É de tirar o fôlego.
Horseshoes and Handgrenades
Mais uma bordoada. Hardcore dos bons. Já chega gritando “I'm not fucking around”, ou seja, não esta para brincadeira. Referencia aos conservadores americanos – leia-se Bush novamente. “Ferraduras (caipiras) e granadas de mão (política de guerra)”

The Static Age
Para mim a mais empolgante do disco. Acho que todo mundo na hora vai reconhecer o estilo. Ficaria bem à vontade nos primeiros discos da banda. Deliciosamente boa para cantar. Refrão gruda na cabeça e tem um riff de guitarra muito bom, que permeia a canção inteira.

21 Guns
A hora que começa essa balada parece que vai ficar na mesmice, mas na quando entram as guitarras tem-se uma agradável surpresa. Estilo Radiohead. Billie Joe cantando com falsetes que lembram Tom Yorke e as guitarras pausadas e fortes. Acredito que Billie nunca cantou tão bem. Os back’in vocais de Mike Dirnt e Jason White são suaves criando um equilíbrio com as guitarras pesadas que soa muito bem. Na minha opinião essa musica é a mais bonita que a banda já fez.

American Eulogy
Dividida em duas partes. Introdução igual ao começo do disco. Voz cantada em rádio AM com estática daí vem:
A - Mass Hysteria
Mais uma de estilo inconfundível do Green Day. Acelerada e marcante. Muito boa. Lembra o Green Day de antigamente. No final fica lenta para a platéia cantar junto no estádio e emenda com...
B - Modern World
Segunda parte. Também muito boa com eles gritando que não querem viver em um mundo moderno. Apesar de Mike Dirnt cantar uma parte que lembra muito Joe Strummer do Clash, não chega a comprometer a música.

See The Light
Perfeita para fechar o album e uma das melhores para cantar junto. Encerra o pacote com um fio de esperança. “Vendo a luz”. Ou seja, Bush é passado. Começa com o mesmo violão de 21st Century Breakdown e depois que entra guitarra bateria e voz fica caracterizado o estilo de Jesus of Suburbia. E o álbum encerra suave do mesmo jeito que começou. Batidas no violão.

Veredicto:
Nota 09.
Reforçando que não sou perito musical, toco um violão e guitarra muito porcamente. Por isso, correções são bem vindas. Inclusive em traduções e interpretações.

Guilherme Palma

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